sexta-feira, 18 de março de 2016

Leitura: Cartas e «Folhas Caídas»


PROJETO DE LEITURA


Identificação Bibliográfica
Garrett, Almeida, Carta a Rosa Barreiros, disponível em http://asas-da-fantasia.blogspot.pt Pessoa, Fernando, Carta a Ofélia Queiroz, disponível em http://asas-da-fantasia.blogspot.pt

Nomes do(s) aluno(s) leitor(es) deste livro
Alexandra Barreto 10ºB nº2

Género/Subgénero
Epistolar - Cartas de Amor

Breve síntese
Nesta carta de amor de Almeida Garrett para Rosa Barreiros, uma fidalga espanhola, o autor caracteriza-a como uma mulher bonita e encantadora, considerando-a a mulher mais bela que já vira e a única que conseguiu despertar o seu coração e os seus afetos e a sua felicidade. Por fim afirma ainda que nunca amou nem há de amar alguém como a ama a ela.

Na carta de amor de Fernando Pessoa, este dirige-se à sua amada Ofélia Queiroz alertando para o facto de esta não lhe dar a devida atenção, já que este se encontra a passar um momento mais difícil da sua vida e necessita de um pouco mais de atenção. O autor reconhece ainda também que a sua amada pouco se interessa por ele e pelos outros, e que, por isso, talvez os seus sentimentos por ele não fossem verdadeiros embora se fingisse não o magoasse tanto. No final pede-lhe ainda que no encontro do dia seguinte ela se mostre um pouco mais atenciosa com ele.

Frases/passagens preferidas [indicar página(s)]
Carta a Rosa Barreiros
“Onde estavam no meu coração estes afectos que nunca senti, que só tu despertaste e que dão à minha alma um bem-estar tão suave? ”
“Não penses que exagero: por Deus te juro que assim é, e que me podes crer: eu a ninguém amei, a ninguém hei-de amar senão a ti.”

Carta a Ofélia Queiroz
“Adeus, amorzinho, faz o possível por gostares de mim a valer, por sentires os meus sofrimentos, por desejares o meu bem-estar; faz, ao menos, por o fingires bem.
Muitos, muitos beijos, do teu, sempre teu, mas muito abandonado e desolado.”

Informações com interesse sobre o autor e a fortuna das cartas
A carta de amor de Almeida Garrett dirige-se a uma senhora que terá sido a inspiradora do livro de poema Folhas Caídas, publicado em 1853.



Um poema de Folhas Caídas 


Este inferno de amar - como eu amo! -
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
 5 Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
10 Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
15 E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

Almeida Garrett

 

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