Ficha de Leitura
(Versão por Escrito)
Almeida Garrett, em Carta a Rosa Barreiros
A
carta de Amor começa com o próprio Almeida Garrett a elogiar como
estava ela tão bonita e encantadora naquele dia (não especifica o dia).
Em seguida diz não ter mérito na sua lealdade e fiabilidade,
colocando-a no "topo do pedestal "; em seguida restringe-a de todas as
mulheres por possuir uma beleza inalcançável. Ele interroga-se sobre se
ela é a única pessoa na vida que lhe desperta o coração e os afetos e dá um
sentimento de bem-estar à alma de Almeida Garrett, assim dando mais
valor a ela.
Ele agradece-lhe pois ela melhorou a pessoa que ele
era antes de a conhecer e assegura que, devido ao seu amor
inexplicável por ela, a relação é inquebrável. Almeida Garrett
exagera, dizendo que ela era a sua semelhança criada por deus e que não
quer viver mais a não ser para estar com ela. No final afirma que
ninguém amou ou há-de amar senão ela.
Gostei de ler a carta pois
Almeida Garrett exagera ao expressar-se e descreve-a de tal forma
que nenhuma mulher resistiria à sua escrita. Achei engraçado, também, o
facto de ele ter escrito uma carta verdadeira de amor para uma mulher
parecendo um romance mais jovem.
Nesta carta de Amor há de início uma pergunta de Florbela Espanca, a que
depois responde; questiona-se se ela e o amante (o seu marido, destinatário da
carta) são um casal vulgar? Florbela Espanca responde, começando por
falar da sua relação com ele que os distinguia da maioria dos casais
numa parte positiva pois nunca se cansam um do outro, falando também de
como o seu coração desequilibrado e inconstante se prendeu a ele como
uma raiz de uma hera se prende à terra. Mas afirma que nenhuma relação é
perfeita e cada um tem os seus problemas a enfrentar, neste caso ela
fala da sua vida passada que era preenchida de horror e solidão, o seu
passado tornou a sua alma mais fria. Todavia, em seguida, escreve que apesar
do passado que teve irá esquecê-lo com ajuda dele.
Apreciei
particularmente esta carta de Amor pois retrata como devia ser uma
relação que durasse até ao fim. Florbela Espanca fala de como os
problemas afetam a relação mas que podem ser superados, também fala dos
mimos e da intimidade da relação. Hoje em dia uma relação assim é
incomum de se ver.
No
começo desta carta de Amor dá-nos a ideia que Victor Hugo terminou a
relação*, mas que não estava preparado para tal, pois ainda a amava
muito.
Demonstra-se preocupado de como ela reagiu a este acontecimento
fazendo várias perguntas. Em seguida escreve que foram feitos um
para o outro, ambos se completam como mostra neste excerto "O céu fez as
minhas mãos para que reparassem a tua vida meio desfeita, a minha alma
para compreender o teu coração, os meus lábios para beijar os teus pés."
Victor Hugo refere que tanto como ele dela, ela precisa dele. No final
afirma que estão destinados a viver juntos até o fim das suas vidas e que já
enfrentaram problemas fatais e muitos outros, reafirmando que se
completam.
Esta carta dedica-se a essencialmente a relações em que ainda gostam um do outro, mesmo ao fim de muitos anos. Também nos dá uma lição ou moral
por isso também me beneficiou. Todas as cartas que li têm uma moral e
lição que pode nos guiar na vida.
Miguel Andrade Nº14 10ºB
* Possível interpretação da expressão «Acabei, enfim, acabei!» acrescida de «Aqui estou, pois, liberto!». Victor Hugo refere-se provavelmente à conclusão de algum dos seus romances (pois como se sabe os escritores ficam absortos e muito envolvidos no trabalho, pelo que afirmará depois sentir-se «liberto» e já com tempo para escrever à sua amada) e não à relação entre ambos - que permaneceram, de facto, juntos durante quase 50 anos,
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