sexta-feira, 18 de março de 2016

Leituras - do Lazarillo de Tormes a'O Último Cabalista

PROJETO DE LEITURA
De entre os muitos contributos, ficam os testemunhos de duas das sessões de partilha de leituras e pensamentos sobre os livros, bem como uma apreciação da cena da varanda de Romeu e Julieta, de William Shakespeare (ler aqui).
 10º B, 15 de março
 10º A. 17 de março
  10º A. 17 de março



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Projeto de Leitura
Indicação bibliográfica:  SHAKESPEARE, William, in Romeu e Julieta, escrito entre 1591 e 1595, 1ª edição - 1597
Género textual: Dramático (tragédia)
Relação com o autor: Ficção

Síntese e apreciação crítica      
             Este excerto trata uma cena bem conhecida da obra de Shakespeare, Romeu e Julieta. Nesta, Romeu Montéquio, escondido na propriedade dos Capuleto no breu da noite, ouve as proclamações de Julieta que, da sua varanda, declara o seu amor e adoração por este ouvinte (a presença do qual lhe é desconhecida), enquanto também expressa enorme mágoa pelo apelido deste e o grande obstáculo que é ao romance dos dois. Enquanto o amante escondido ouve, contempla para si próprio a beleza de Julieta, comparando os seus olhos a estrelas e a sua presença a um radiante nascer do sol.
            Após a sua admirada proclamar: "Despe esse teu nome,/E em troca desse título acessório/Toma-me a mim.", Romeu revela-se da escuridão da noite e troca com aquela a quem chama de "anjo brilhante" palavras amoroso e apaixonadas, renunciando aos seus nomes "se [a] ambos desgostam". O casal combina comunicarem, através de um mensageiro, um local e uma data para, secretamente, se casarem.
            Este excerto trata, em ambos os lados do diálogo, o amor, a paixão e a mágoa sentida por ambas as personagens. Ambos declaram o que sentem um pelo outro, chegando Romeu a glorificar a beleza de Julieta através de várias metáforas e comparações. Julieta, no entanto, sente-se mais desesperada, pois as famílias de ambos são rivais, sendo que os seus apelidos são considerados por ela como sendo aquilo que mais os separa.
  Shakespeare conseguiu, numa única cena, englobar tantos aspetos do romance jovem: a sua inocência, os doces elogios, as mágoas pela desaprovação de entes queridos.


Daniel Correia
10º B
março/2016



 

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