Diário do romeiro
Depois de tantos anos encontrei
minha mulher, visitei-a disfarçado de romeiro e dei-lhe um recado em meu nome,
João de Portugal dizendo-lhe que ainda estava vivo e que estava cativo em
Jerusalém. Esta ficou apavorada com a perda da honra que ela e sua filha Maria
sofreriam se se soubesse que casara enquanto eu ainda estava vivo.
Mais tarde reuni-me com o meu amigo e fiel servo Telmo Pais, que já
mal me reconhecera, depois de 20 anos cativo e de miséria.
Perguntei-lhe se era verdade que minha esposa tinha gasto tempo e
dinheiro, enviando mensageiro para toda a parte. Telmo confirmou-o, nesse
momento arrependi-me de ter feito Madalena perder a sua honra, ao contar-lhe
que ainda estava vivo. Então ordenei a Telmo para lhe dizer que o romeiro era
uma fraude e assim fazer com que a sua vida voltasse ao normal.
Enquanto conversávamos, ouvi a voz de Madalena chamando por seu
marido e eu, ingenuamente, pensei que fosse comigo até que ela chamou pelo nome
de Manuel, então eu e Telmo chamámos o irmão conservo e saímos dali.
Durante a cerimónia disse a Telmo para os salvar enquanto podia. Quando
o fiz a pequena Maria reconheceu a minha voz, exaltando-se, e caiu morta no
chão.
Bruno Fonseca 11ºB nº6
1 comentário:
Bruno
Trabalho correto, mas algo limitado face ao que a personagem experimenta. Mesmo sem te alargares a invenções, devias dar conta do conflito da personagem, extraído sobretudo do diálogo amargo com D. Madalena e Frei Jorge e - principalmente do confronto com Telmo. Tem que se perceber que ele se sente sem lugar no mundo.
Enviar um comentário