Amo-te Portugal
-Miguel Esteves Cardoso, pretende
mostrar-nos que nós, portugueses, só damos valor quando perdemos: “[…] quando
estava em Portugal e só queria sair de ti. Insinuaste-te. Não fui eu que te
escolhi. Quando descobri que te amava, já era tarde demais.”
-É demonstrado o orgulho dos
portugueses em admitir certas coisas: “Custou-me justificar o meu amor por
ti.”.
-São realçadas as características da
sociedade portuguesa: “És difícil. És muito bonito e és doce mas és pouco dado
a retribuir o amor de quem te ama. Até dás a impressão que tanto te faz seres
odiado como amado;”
-Há necessidade de arranjar razões
para tudo: “que remédio tinha eu senão começar a convencer-me que havia razões
para te amar.”. As razões dadas para amar Portugal: “Amo-te, primeiro, por não
seres outro país. Amo-te por seres Portugal e estares cheio de portugueses a
falar português. Não há nenhum outro país, por muito bom ou bonito, onde isso aconteça.”.
Mas acaba por perceber que não precisa de qualquer razão: “Portanto, já viste,
ó Portugal: não preciso de nenhuma razão para te amar. Amo-te sem razão. Amo-te
às cegas, antes sequer de olhar para ti.”.
-Cada pessoa tem formas diferentes de
pensar e gostar: “Cada pessoa apaixonada por ti está apaixonada por um Portugal
diferente do meu. Até o meu Portugal é, conforme os climas, bastante diferente
do meu - para não dizer estrangeiro.”.
-Não são necessárias razões para amar
mas existem muitas. “Como vês, não preciso de razões para te amar. Mas tenho
muitas. E boas.”.
-Portugal é vaidoso e preguiçoso
mudando menos que os outros países: “ Graças ao desleixo que a tua vaidade
consente, mudas menos do que os outros países. […] És vaidoso e preguiçoso porque
achas que não precisas de grandes esforços ou mudanças: sabes que continuas
encantador.”
-Portugal gosta de ser um país de
segunda categoria, ou seja, gosta de ter países melhor que ele mas que também
haja países piores: “Por exemplo, dizes que queres ser um país de primeira
categoria. Mas sabemos todos que não queres. Gostas de ser de segunda, como
gostas de não ser de terceira.”
-Portugal é um país com muitas
qualidades sendo assim fácil amá-lo: “Eu amo-te porque mereces. Eu amo-te pelas
tuas qualidades. […] Mas tens qualidades.”.
-Sente um amor imenso por Portugal:
“Amo-te, aconteça o que acontecer. Amo-te por causa de ti. Não é apesar de ti.
É por causa de ti. Não há outra razão. Nem podia haver uma razão mais simples.”
Ser português é difícil
-Por
vezes, os portugueses têm vergonha do seu país e da sua realidade.
-Os
portugueses têm vergonha de serem portugueses mas também não querem ser como os
outros, ficam-se pela culpa de que o melhor “podia ter sido Portugal […]”.
-Só
têm vergonha de serem portugueses porque Portugal não é o melhor país do mundo
e o verdadeiro patriotismo vem daqueles que acreditam que Portugal podia ser o
melhor do mundo.
-Ser
português não é nem melhor nem as pior coisa: “Ser português não é nem a sorte
com que sonhamos […] nem o azar com que vamos azedando.”.
-Qualidades
dos portugueses: “[…] os Portugueses são especiais, diferentes, bastante giros,
bem-educados, antigos, espertos, casos sérios.”.
-A
existência de Portugal é praticamente indiferente para a grande maioria da
população da Terra.
-Ninguém
se contenta com o que tem, com o que é, ou onde está.
-É
necessário continuarmos a ser portugueses, acreditar que apesar de não ser o
melhor do mundo outras realidades poderiam ser piores: “Continuar Portugal é
acreditar que a vida seria pior sem ele, […]. E acreditar na diferença que faz
a nossa maneira de ser, e de sermos portugueses, […]”
Autoras: M. Mendes e R. Melo, 11º C
Sugestão:
Interpretam bem. Por isso, com base nas vossas pertinentes observações antes de cada ideia-chave expressa pela citação, terminar com uma breve síntese interpretativa pessoal pode ajudar a construir a reflexão do 3º período.
Interpretam bem. Por isso, com base nas vossas pertinentes observações antes de cada ideia-chave expressa pela citação, terminar com uma breve síntese interpretativa pessoal pode ajudar a construir a reflexão do 3º período.
3 comentários:
Mendes e Melo (parece uma empresa - Lda.)
Podem fazê-lo nos vossos cadernos. Já fica para depois. Quero uma grande intervenção no debate!
NS
Ideias chaves das crónicas “Amo-te, Portugal” e “Ser Português é Difícil”:
Na crónica “Amo-te, Portugal” de Miguel Esteves Cardoso, este declara o amor que tem por Portugal e justificar a razão de o amar, começa por dizer que quando estava em Portugal sentia a necessidade de ir embora e que quando foi embora tinha saudades deste com isto percebe que está apaixonado por Portugal e declara se com uma carta, tenta arranjar justificações como,”Amo-te por seres Portugal e estares cheio de portugueses a falar português”.
Na crónica “Ser Português é Difícil” de Miguel Esteves Cardoso, este afirma que Portugal poderia ser o melhor país do mundo e a falta de patriotismo, tenta explicar o que é ser português, refere que os portugueses têm medo de ser portugueses porque têm vergonha de estarem ligados à pobreza, miséria”mas também não querem mudar apesar de terem vergonha”É isto que vai salvando os Portugueses: têm vergonha, culpa, nojo, medo de serem portugueses mas «também não vão ao ponto de quererem ser outra coisa»”.
Bruna Cuco, 11ºA.
Obrigada, Bruna
Tem sido tantos os trabalhos, aqui e por e-mail - que ainda nem tivera tempo...
Ficam as emendas:
ll. 2-3 - «de Miguel Esteves Cardoso, este declara o amor que tem por Portugal e justificar», não pode ser «justificar», mas "justifica".
Proponho, para evitar o demonstrativo inútil:
«Miguel Esteves Cardoso declara o amor que tem por Portugal e justifica»
Em «saudades deste com isto» falta a vírgula «saudades deste; com isto»
Gostaria que tivesses feito uma frase, um parágrafo final de apanhado, reflexão.
Espero que estejas bem.
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