domingo, 8 de março de 2020

Eça de Queirós, "A Ilustre Casa de Ramires" - capítulo a capítulo, por tópicos

Na sequência do trabalho das aulas (de janeiro e de março), e para que possam conferir todas as vossas notas, fica um breve lembrete de revisão, só por tópicos. 

CAPÍTULO
AÇÃO PRINCIPAL – VIDA DE GONÇALO
Século XIX -
NOVELA HISTÓRICA – ESCRITA POR GONÇALO
Sécs. XII-XIII
I
Gonçalo trabalha na novela
Analepse (justificativa da novela) – lembrança dos antepassados – os Mendes Ramires desde os meados do século X até ao séc. XIX (o avô, o pai e o próprio Gonçalo)
Pedido de JL Castanheiro – colaboração para os Anais de Literatura e História
Gonçalo aceita escrever novela sobre Tructesindo Ramires 


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II
Gonçalo reflete sobre a sua situação e a desejada, mas difícil, ascensão política; projeto literário encarado como forma de facilitar os seus projetos
 Apresentação das personagens próximas do protagonista e suas características
Ceia no Gago
Explicação dos problemas entre Gonçalo e André Caval.
O fado dos Ramires
Gonçalo começa a delinear o tempo e o contexto da sua novela, apoiado em várias fontes literárias, históricas e linguísticas
Discórdias de D. Afonso II e irmãos, motivadas pelo testamento de D. Sancho I (o seu último testamento, raiz da discórdia, foi feito em outubro de 1209) (1)
Tructesindo Ramires envia o filho Lourenço em defesa das Infantas, como prometera ao rei D. Sancho I
III
Visita do Pereira; Gonçalo fecha negócio, rompendo a palavra que dera a Casco
Reflexão sobre honra e palavra
Ajuda ao cavador ferido, testemunhada pelos Lucena
Espaço histórico – a Torre; convite a Tructesindo para findar o apoio à causa das Infantas; recusa, pela honra da palavra dada.
IV
Visita a Gracinha, nos Cunhais
Vê Cavaleiro a rondar a casa; reacendimento do ódio
Gonçalo fala da escrita da novela como alavanca das suas perspetivas de eleição política
Referência ao sonho de ir pra África, inspirado pelo livro King Salomon’s Mine (romance de Rider Haggard que Eça transpôs para língua portuguesa em 1891)
Jantar com família e amigos
Avistam as Lousadas
Gonçalo denuncia ato despótico de André Cavaleiro



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V
Ameaça do caçador de Nacejas e fuga de Gonçalo
Na Torre, retoma a escrita; reflexão sobre valor moral dos antepassados
Encontro com Casco – pedido de contas; fuga de Gonçalo e mentiras no reconto do episódio
J. Gouveia anuncia morte de Sanches Lucena, e propõe-lhe pazes com Cavaleiro para fins políticos – ocupação da vaga de deputado
Encontro Gonçalo – Cavaleiro no Governo Civil
Prisão de Casco
Retoma de novo a escrita, incentivado pelas ambições políticas
Ajuda ao filho de doente de Casco
Carta das Lousadas – sobre arranjinho político
Amigos saúdam candidatura, exceto Titó, que a crítica

Lourenço Ramires enviado pelo pai, Tructesindo, a Montemor é ferido e feito cativo
Tructesindo é informado
Hostes do Bastardo  aproxima-se da Torre
VI
Almoço em casa de A. Cavaleiro
André e Gonçalo vão a Oliveira (para iniciar a campanha) juntos, para espanto da cidade
Gonçalo em casa de Gracinha – conta reatar da relação com Cavaleiro, faltando à verdade quanto aos motivos, para não parecer indigno
Jantar em honra de A. Cavaleiro, nos Cunhais; Maria Mendonça enaltece Ana Lucena e fala da admiração desta por Gonçalo
A. Cavaleiro acaba serão a dançar com Gracinha




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VII
Casco vem pedir perdão a Gonçalo e agradece cuidados com a criança doente
Tal gratidão anima Gonçalo a contactar população e pessoas influentes a favor da eleição
O «latagão das Nacejas» volta a humilhar Gonçalo, que foge
Visita ao túmulo dos Ramires com a prima Maria e D. Ana L.
Algum interesse por D. Ana



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VIII

A visita aos túmulos e a pressão de Castanheiro reconduzem Gonçalo à escrita
Recebe apoios eleitorais
Vai aos Cunhais mostar o manuscrito a Gracinha e testemunha o encontro amoroso da irmã
Refugia-se em Santa Ereneia, cheio de asco e horror

Lopo de Baião promete a Tructesindo entregar-lhe o filho, cativo e ferido, se lhe der a filha em casamento. Tructesindo e Lourenço recusam; o «Bastardo» mata Lourenço diante do próprio pai, que recolhe o corpo e parte, a pensar na vingança
IX
Gonçalo recebe os órfãos da pobre Crispola
Meditação sobre a sua conduta com Cavaleiro e na sua dependência, devido à sitação económica; hipótese de casar cm D. Ana L.
Retoma a novela; já na Torre reflete sobre as personagens e o rigor histórico ou falta dele; inseguranças enquanto escritor da novela
Bento encontra e limpa um antigo chicote
Jantar com amigos. Titó desaconselha casamento com D. Ana

Tructesindo e as suas forças perseguem o «Bastardo»
X
Gonçalo reflete sobre as várias humilhações e sobre as suas fraquezas e cobardias
Sonho com os fortes antepassados
Novo dia – rejuvenescido pelo sonho, ganha coragem e enfrenta Ernesto que o atacara com um cajado, munido do antigo chicote
Irmã e cunhado na Torre – carta das Lousadas
«Feito» corajoso de Gonçalo é divulgado, até com notícia nos jornais
Fim do relacionamento com A. Lucena
Retoma da novela
D. Garcia Viegas, o «Sabedor» aconselha Tructesindo a optar por emboscada em vez de combate leal de armas; projeta emboscada para a apanhar o «Bastardo» vivo e dar-lhe morte horrível que vingue Lourenço
Tructesindo



XI
Novas dúvidas sobre verosimilhança da novela
Não permite prisão de Ernesto, depois dos tratamentos hospitalares aos ferimentos
Visita aos eleitores; percebe que tem apoio; rejeita título proposto por Cavaleiro e troça do assunto
É eleito; freguesias festejam; Bento e Rosa iluminam Torre
Subida à Torre e reflexão sobre a história e valor simbólico; revê presente e sonha com futuro mais largo
A Torre de D. Ramires é publicada nos Anais e elogiada na imprensa
Partida para Lisboa; desencanto
Partida para África, com Bento 



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XII
Avanço – 4 anos
Preparativos na Torre
Analepse – Gracinha recorda a pequenez da sua vida nesses 4 anos
Amigos e Gracinha conhecem por carta a ação de G. em África e a riqueza ganha
Amigos lembram a grandeza e as fraquezas de Gonçalo e J. Gouveia compara-o a Portugal
Padre Soeiro recolhe à Torre e pede a bênção divina para Gonçalo, para todos os homens e para Portugal




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(1) D. Sancho (1154-1211) deixara às filhas Mafalda, Teresa e Santa Sancha, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos — Montemor-o-Velho, Seia e Alenquer —, com as respetivas vilas, termos e rendimentos. O seu filho e sucessor, Afonso II, recusa-se a cumprir o testamento.

Ainda:
  1. Completem as questões-tipo, para 'testarem' os vossos conhecimentos.
  2. Levem dúvidas - se as tiverem - resultantes da ficha sobre Discurso Indireto Livre.
Nota: publicara, por lapso, no deve-e-haver.

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