sexta-feira, 20 de março de 2020

Portugal e Portugueses - ideias das Crónicas de MEC (tópicos)


Amo-te, Portugal

-Miguel Esteves Cardoso viveu até aos 18 anos em Portugal e sempre quis sair de lá “Deve ter sido durante os meus primeiros 18 anos de vida, quando estava em Portugal e só queria sair de ti.”
-Aos 19 anos quando foi para a Inglaterra descobriu o amor incubado que tinha por Portugal. Apaixonou-se de um dia para o outro.
-Portugal é lindo e doce, porém não retribui o amor que lhe é dado.
-Encontram-se sempre razões para amar Portugal e quando de repente já são seis ou sete, deixamos de amaldiçoar esse amor, começamos a sentir-nos, muito estúpida e secretamente, vaidosos por te amarmos. Como se fôssemos nós que tivéssemos sido escolhidos.
-Não é só Miguel que sente isso, mas provavelmente todos nós
-Portugal cansado, aborrecido de ser amado pergunta “Diz-me lá, então, porque é que me amas…”
-Miguel Esteves começa a confessar perdidamente o amor que tem por Portugal, ama-o apenas por não ser outro país e também por estar cheio de portugueses a falar português.
-Mesmo se não achasse razões para amá-lo, apenas achasse defeitos, preferia não amar Portugal, a que não existisse. E se Portugal deixa-se de existir ele ficaria de luto e preferia ir embora de Portugal do que deixar isso acontecer, e essa é a maior prova de amor que alguém pode mostrar, estar disposto a dar a sua vida em troca de outra “vida”
-Mesmo que Portugal não entenda e se aborreça de todas as razões que Miguel consiga achar, ele vai continuar a repetir outra e outra vez, pois de vez em quando precisa de se lembrar que ama Portugal.
-Ele não precisa de razões para amar Portugal, mas tem uma que o embaraça confessá-la, para ele, Portugal é o melhor país do mundo, e a sua íntima vaidade, uma vaidade sem fim, mas muito bem disfarçada é o que faz Portugal ser tão especial, vaidade tanta que até se permite um grande desleixo e que sem grandes esforços ou mudanças continua encantador.
-Portugal no fundo só quer que gostem dele e tem a sua maneira de garantir que isso aconteça, nem que seja a tratar os outros com desdém, o que importa é que continuem a dar lhe atenção.

Ser Português é difícil

  Quando olhamos para o país e para fora dele sentimos vergonha e medo de sermos portugueses, de certa forma fingimos não o ser para não parecermos cúmplices de toda a miséria que cá existe.
  Os Portugueses querem poder dizer que o seu país é o melhor do mundo, porém isso não é patriotismo, patriotismo é aquele que acredita inocentemente que Portugal podia ter sido o melhor do mundo.
  Ser português não é mau, mas também não é o melhor que se pode ser, não é ter azar de nascer português, mas também não é ter sorte de o ser.
  O resto do mundo não entende os portugueses, não entende que nós somos especiais, diferentes, educados, espertos. Eles pensam que o mundo seria o mesmo sem os portugueses. Podemos dizer que a nossa existência para eles é uma mera surpresa, e não é uma surpresa boa, é mais uma surpresa do tipo “tanto faz”.
  Os políticos dizem que é preciso mudar Portugal, e todos sabemos que é para melhor. No fim apenas temos que “continuar” Portugal. Acreditar que a vida seria pior sem ele e acreditar na diferença que faz a nossa maneira de ser.
 Daniel, 11º C
  •  Agora, uma versão em texto, também só de apanhado das ideias das crónicas.
 Amo-te, Portugal

Foi nos 18 anos que esteve em Portugal que Miguel Esteves Cardoso se apaixonara por este, entretanto a primeira vez eu sentiu a sua falta foi aos 19 anos depois de ter saído de Portugal e ter ido para a Inglaterra  - Tinha 19 anos e estava na Inglaterra. De repente, deixei de me sentir um homem do mundo e percebi, com tristeza, que era apenas mais um dos teus desesperados pretendentes.”. Na crónica Amo-te, Portugal, Miguel Esteves Cardoso escreve uma “carta de amor” a Portugal. Nela, tenta dar diversas razões pelas quais ama Portugal como “Amo-te por seres Portugal e estares cheio de portugueses a falar português”, mas por fim declara qual é o real motivo de amá-lo “seres o melhor país do mundo” e sente vergonha de “pôr as coisas de uma maneira tão simples” e não ser tão romântico como parecia.
            Para Miguel, Portugal só quer que todos o amem apesar de não o demonstrar e fingir que é indiferente ao que as pessoas sentem por ele. Portugal preferia não ter as qualidades que tem para quem o amasse, tivesse um amor que não dependesse das suas qualidades, no entanto tem-nas e Miguel vai continuar a dizê-las para além das razões que o ama para lembrar-se que ama Portugal.
            

 Ser Português é difícil

Nesta crónica, Ser Português é Difícil, Miguel Esteves Cardoso veio referir a dificuldade de ser português que pode ser resumida à triste realidade de que quando nos é perguntado qual é o melhor país do mundo pensamos “Podia ter sido Portugal” e é isto que para Miguel salva os portugueses da  vergonha, culpa, nojo, medo de serem portugueses”.  Em contradição com a sua crónica Amo-te, Portugal  Miguel  atribui àqueles que dizem que amam Portugal por este ser o melhor país do mundo um patriotismo “simplesmente parvo ou parvamente simples” e que o verdadeiros patriotas são aqueles que pensam que Portugal poderia ser ou já foi o melhor pais do mundo e que principalmente têm pena que não o seja.

 Miguel Esteves refere também a indiferença de povos de outros países perante Portugal, é triste pensar muitas pessoas no mundo não tenha a menor ideia que Portugal exista, e que quando se deparam com a existência do mesmo  ficam surpresas  mas de uma forma negligente  não se julgue automaticamente que se trata de uma grande surpresa ou, sequer, de uma surpresa «boa». É mais uma surpresa do género “Ah, sim?”. Como quem aprende que o «baseball» teve origem nos «rounders ingleses». Ah, sim? Que giro! Agora sai da frente do televisor que eu quero ver se este Babe Ruth era tão bom como diziam.”

            Mesmo com tudo isto os portugueses têm de “«continuar» Portugal” que exige muito dos cidadãos ” Continuar Portugal é acreditar que a vida seria pior sem ele”  Miguel ainda compara os portugueses a um coração que  “foi feito para continuar a bater” e continua,  pois não há nada a fazer a não ser continuar a ser português.



 Thiago S. 11º C

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