terça-feira, 14 de abril de 2020

Eça de Queirós faz o retrato de Antero de Quental

  1. Faz a leitura do texto (há outro excerto do mesmo texto, nas pp. 291-292 do Manual)

  2. Regista, no caderno, frases que traduzem as ideias-chave da personalidade de Antero.

Eça de Queirós retrata Antero – Um génio que era um santo

" Em Coimbra, uma noite, noite macia de Abril ou Maio, atravessando lentamente com as minhas sebentas na algibeira o Largo da Feira, avistei sobre as escadarias da Sé Nova, romanticamente batidas pela lua, que nesses tempos ainda era romântica, um homem, de pé, que improvisava.

A sua face, a grenha densa e loura com lampejos fulvos, a barba de um ruivo mais escuro, frisada e aguda à maneira siríaca, reluziam, aureoladas. O braço inspirado mergulhava nas alturas como para as revolver. A capa, apenas presa por uma ponta, rojava por trás, largamente, negra nas lajes brancas, em pregas de imagem. E, sentados nos degraus da igreja, outros homens, embuçados, sombras imóveis sobre as cantarias claras, escutavam, em silêncio e enlevo, como discípulos.

Parei, seduzido, com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso, como os vates do antiquíssi­mo século XVIII — mas um bardo, um bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades. O homem com efeito cantava o céu, o infinito, os mundos que rolam carregados de humanidades, a luz suprema habitada pela ideia pura e
…os transcendentes recantos
Aonde o bom Deus se mete,
Sem fazer caso dos Santos
A conversar com Garrett!
Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada, que murmurou por entre os lábios abertos de gosto e pasmo:
É o Antero!…

Deus conversava com Garrett. Depois, se bem me lembro, conversava com Platão e com Marco Aurélio. Todo o céu era uma radiante academia. Os santos mais ilustres, os Agostinhos, os Ambrósios, os Jerónimos, permaneciam fora, pelos pátios divinos, sumidos num névoa subalterna, como plebe imprópria a penetrar no concílio dos filósofos e dos poetas. [...]

Então, perante este céu onde os escravos eram mais gloriosamente acolhidos que os doutores, destracei a capa, também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo. E para sempre assim me conservei na vida.

Intimidade, porém, com aquele que eu depois chamava «Santo Antero», só verdadeiramente começou na manhã em que o visitei, com muita curiosidade e muita timidez, na sua casa do Largo de São João. Era o hereditário quarto da velha Coimbra, com as portas rudemente besuntadas de azul, o tecto alto de madeira fusca e a cal das paredes riscada por todas as cabeças de lumes-prontos que em cinquenta anos ali se tinham raspado, com preguiça, para acender a torcida de azeite, à hora triste em que toca a «cabra». A um canto um leito de ferro, num alinho rígido. Diante da janela a banca de Coimbra dos meus tempos, tábua de pinho sobre quatro pés toscos, onde uma Bíblia, um Virgílio, o caderno de papel, o maço de cigarros, pousavam numa ordem curta e árida. E no meio desta quietação das coisas, e de todo o azul e todo o ouro da manhã de Maio que entravam pelas janelas, Antero, batendo com grossos sapatos o soalho mal aplainado, parecia um leão, cheio de desordem interior e de sanha. O «olá!» que me atirou foi perfeitamente rugindo. Que dor ou que afronta lhe eriçavam assim a juba loura? Abrira um gavetão e tirava de dentro cartas, papéis, ferozmente, como se arrancasse entranhas. 
Num arremesso empurrou para a mesa uma pobre cadeira caduca onde se abateu com amargura — e começou então a destruir as cartas e os papéis de um modo estranho, que me maravilhou. Dobrava cada folha ao meio, esmeradamente: depois, violento e certeiro, ainda a dobrava em quarto; depois com uma atenção sombria, ainda a dobrava em oitavo. Sob a unha raivosa achatava as dobras — e, empunhan­do uma faca como um ferro de vingança e morte, cortava os papéis finamente, fazendo com dois golpes pequenos maços bem esquadrados, que ia amontoando numa resma nítida e fofa. E todo este lento, paciente trabalho de precisão e simetria, o continuava com um modo revolto e trágico. Fascinado, surdi do vão da janela onde me refugiara, e parando à borda da mesa:

Oh, Antero, quanta ordem você tem na destruição!
Ele dardejou sobre mim dois olhares devoradores. Depois considerou, ainda enrugado, a pilha acertada dos papéis corta­dos, e um sorriso, aquele sorriso de Antero que era como um sol-nascente, iluminou, fez toda clara e rósea a sua boa face onde havia um não sei quê de filósofo de Alexandria e de piloto do Báltico:
— O ritmo — murmurou — é necessário mesmo no delírio.
E com efeito, naquela alma estética, sempre as angústias mais desordenadas se moldaram em formas perfeitas."

Eça de Queirós, Notas Contemporâneas (publicado originalmente em 1896).

Créditos:
Escola Portuguesa - Histórias, informações e opiniões de um professor português, sobre educação e não só…

57 comentários:

Anónimo disse...

Antero de Quental

Antero de Quental (18 de abril de 1842/11 de setembro de 1891), nasceu e morreu em ponta delgada descendente de umas das mais antigas famílias dos Açores. Pensador, escritor e poeta, impulsionador da questão coimbrã ao escrever um opúsculo com o nome “Bom Senso e Bom Gosto” direcionado a Feliciano Castilho depois do mesmo mencionar Antero e Teófilo Braga atribuindo-lhes os adjetivos de mancebos. Desta maneira começou a Questão Coimbrã.
Antero de Quental era descrito, pelos seus amigos mais próximos, como tendo um temperamento violento, apaixonado e afirmativo sendo uma pessoa meiga, precisa e irônica. Tirou o bacharelato em direito, tendo um profundo conhecimento sobre Jules Michelet, Proudhon entre outros.
Considerado um gênio e um santo foi um dos maiores do seu tempo passando várias temporadas em Santa Cruz para retirar inspiração da sua beleza natural, rígida e fria.
João Ferreira turma 11ºB

Anónimo disse...

Página 292 do manual
4.
O autor confessa a sua admiração por Antero quando o ouve a improvisar: "Parei,seduzido,com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso,(...)"; "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada(...)". Quando publicou a obra Beatrice todos o conheciam por "Príncipe da Mocidade. E com razão - porque ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração(...)", mais uma vez Eça demonstra o seu fascínio por Antero de Quental.

6.
-Em 1862 ou 1863 já tinha publicado Beatrice;
-Já era conhecido pelas Obras Modernas;
-Era conhecido, em Coimbra, por "Príncipe da Mocidade";
-Improvisava nas escadas da Sé Nova, em Coimbra;
-Resumia os defeitos e qualidades daquela geração como ninguém.


Mariana Mendes 11ºC nº17

Unknown disse...

Página 292, ex.4 e 6

4. Eça de Queirós mostra a sua admiração por Antero de Quental quando o avista e para, “seduzido”, e fica a escutar as suas improvisações “Deslumbrado”. Senta-se nas escadas, quase aos seus pés, para o ouvir.
6.
-Publicou Beatrice em 1862 ou 1863.
-Devido á sua inteligência e lucidez era chamado “Príncipe da Mocidade”.
-Resumia os defeitos e as qualidades daquela geração como mais ninguém o fazia.

Unknown disse...

Comentário anterior foi feito poR Raquel Melo nº23, 11ºC

Noémia Santos disse...

Obrigada pelos contributos. Espero que comecem a ficar curiosos com Antero...

João, o teu texto não parece ter relação com o texto de Eça... É já a síntese? Onde tiraste a informação final?
Vê o texto do Eça sobre Antero. É muito interessante.

Anónimo disse...

Resolução dos exercícios 4 e 6 da página 292
4. Eça de Queirós demonstrou a sua admiração por Antero e ficou rendido ás suas palavras, “Parei, seduzido, (...)” , “Deslumbrado, (...)” , “(...) também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo.”.
6. -Publicou “Beatrice” em 1862 ou 1863
-Era conhecido em Coimbra como o “Príncipe da Mocidade”
-Resumia os defeitos e as qualidades daquela geração como ninguém

Mariana Ribeiro 11C

Anónimo disse...

Página 292 do manual

4. Eça de Queiroz, em Coimbra, naquela noite macia de Abril, nas escadarias da Sé Nova, demonstrou grande admiração por Antero, tal como podemos concluir nos excertos, "Parei, seduzido com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso(...) mas um Bardo, um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades." , "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada(...)" e "(...) quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar num enlevo, como um discípulo.", assim Eça demonstra o seu fascínio pelo homem que aos seus olhos sabia resumir como ninguém "os defeitos e as qualidades daquela geração, rebelde a todo o ensino tradicional, e que penetrava no mundo do pensamento com audácia, inventividade, fumegante imaginação, amorosa fé, impaciência de todo o método, e uma energia arquejante que a cada encruzilhada cansava.".

6. -Em 1862 ou 1863, Antero publicou "Beatrice"
- Já eram conhecidas ainda manuscritas as "Odes modernas"
- Em Coimbra era conhecido como "o Príncipe da Mocidade"
- Resumia como ninguém os defeitos e as qualidades daquela geração.

Beatriz Salgueiro 11B

Anónimo disse...

Manual, p. 292

4. Eça de Queirós confessa a sua admiração por Antero de Quental quando refere que ficara “seduzido” e “deslumbrado” com o seu improviso, tanto que decidiu sentar-se juntamente com os outros a escutar: “… também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo.”

6. - Em 1862 ou 1863, já havia publicado "Beatrice" e já era conhecido pelas, ainda manuscritas, "Odes Modernas";
- Andou na Universidade de Coimbra sendo lá conhecido por “Príncipe da Mocidade” devido à sua inteligência, improvisando também nas escadas da Sé Nova;
- Era rebelde relativamente a todo o ensino tradicional e possuía uma grande inventividade e imaginação;
- Ninguém resumia melhor os defeitos e qualidades daquela geração do que ele próprio.

Matilde Richardo, 11ºC

Anónimo disse...

Manual, página 292

4) Ao longo do texto é possível identificar a admiração que o autor tem por Antero a partir de diferentes momentos, como por exemplo: “Parei seduzido,” (l.11) e “Deslumbrado” (l.16). O autor também o talento de Antero para a escrita, a sua imaginação, energia e audácia, sendo por isso segundo o autor um dos melhores a descrever a sua geração “porque ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração” (ll.25-26).

6) - Publicou “Beatrice” entre 1862 e1863;
- Escreveu “Odes Modernas”;
- Estudou na Universidade de Coimbra, onde era conhecido como o “Príncipe da Mocidade”;
- Descrevia as qualidades e os defeitos presentes na geração da altura.

João Rego 11ºB

Anónimo disse...

Manual, pp. 292

4.Eça de Queirós confessa a sua admiração por Antero ao referir que ficara “seduzido”, quando, em Coimbra, o ouve a improvisar, “Deslumbrado (...) também me sentei num degrau (...), a escutar, como um discípulo". O autor acrescenta ainda que Antero o fascinava pela sua "(...)audácia, inventividade, fumegante imaginação".

6.
- Publicou Beatrice em 1862 ou 1863
- O seu trabalho Odes Modernas já era conhecido, ainda em manuscrito
- Muitos o conheciam por “Príncipe da Modernidade”
- Era a imagem da sua geração, resumia os seus defeitos e qualidades
- Vivia numa cidade em mudança, em modernização
- Partilhava as ideias com os jovens que o admiravam, era ativo na vida cultural e política.

Rita Santos 11ºC

Laura 11ºB disse...

Resolução das perguntas 4 e 6 da p.292
4. Quando o autor afirma, “Parei, seduzido (…)”, ao referir-se à figura que descreve é um exemplo de admiração. Tal como, “Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada, que murmurou, por entre os lábios abertos de gosto e pasmo: -É o Antero!...” e “Nesse tempo ele era em Coimbra, (…) o Príncipe da Mocidade. E com razão (…)”. Percebemos assim o fascínio de Eça por Antero, pois este considerava que Antero era quem melhor representava a geração de 70.
6.
• Antero já tinha publicado a Beatrice
• Apesar de ainda serem manuscritas, todos já conheciam, as Odes Modernas.
• Conhecido por Príncipe da Mocidade
• Melhor representava os defeitos (ex. rebeldia) e as qualidades (ex. audácia) da geração de 70

Noémia Santos disse...

Obrigada a todos os que enviaram os seus contributos, quer por aqui quer por e-mail.

Tomei nota.

A correção só ficará disponível no final do prazo.

Raquel Domingos 11ºB disse...

Respostas ás questões 4 e 6 da página 292 do manual

4)O autor confessa a sua admiração por Antero de Quental quando escreve que ficou «seduzido»(l.11) e «Deslumbrado»(l.16) pelo mesmo, e se sentou «a escutar, num enlevo» (l.21) o mesmo. Confessa também que ninguém «ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração» (ll. 25-26), expressando a sua admiração pela escrita de Antero.

6)-Antero publicou "Beatrice" em 1862 ou 1863;
-Apesar de ainda manuscrita, todos conheciam a sua obra "Odes Modernas";
-Era conhecido em Coimbra e nos domínios da inteligência como "Príncepe da mocidade";
-Mostrava-se rebelde a todo o ensino tradicional;
-Era quem melhor resumia os defeitos e qualidades daquela geração.

Anónimo disse...

Página 292
Exercício 4- O autor avista um homem nas escadarias de Sé Nova, a improvisar. Para, pois fica "seduzido"; percebe também que o homem não é um "repentista picaresco", mas sim "um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades". De seguida senta-se nas escadas, com os outros homens, a ouvir "Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo".
Definiam-lhe como "O Príncipe da Mocidade. E com razão- porque ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração".Estas são os momentos de admiração por parte de Eça a Antero de Quental.

Exercício 6-
- Antero tinha um "braço inspirado".
- "cantava o Céu, o Infinito, os mundos que rolam carregados de humanidades, a luz suprema habitada pela ideia pura".
- por volta de 1862/1863 já tinha publicado "Beatrice" e "Odes Modernas".
- era conhecido como o Príncipe da Mocidade, pois era ele que descrevia, da forma mais perfeita, os defeitos e qualidades daquela geração rebelde, audaz, amorosa, impaciente e com uma energia esbaforida.
- foi um homem revolucionário

Diogo Sequeira, 11ºA

Anónimo disse...

Página 292

4) O autor confessa a sua admiração por Antero quando diz, "Parei, seduzido, com a impressão que não era aquele um repentista picaresco (…) anunciando verdades." e "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada (…) como discípulo."

6)Antero já havia publicado a Beatrice, 1862/1863;
Todos conheciam as Odes Modernas, ainda em manuscrito;
Era conhecido como o Príncipe da Mocidade;
Ninguém resumia melhor a geração dos 70 que Antero;
Coimbra estava a passar por uma fase de modernização.

Rafael Raposo, 11ºA

Anónimo disse...

Manual, página 292

4. O autor confessa a sua admiração por Antero numa noite em Coimbra, como podemos perceber nos seguintes excertos-"Parei, seduzido,(...)". No excerto anterior o autor demonstra toda a sua admiração na primeira impressão que teve de Antero. Mais á frente o autor continua com o fascínio por Antero -"Deslumbrado, toquei no cotovelo de um camarada, que murmurou, por entre os lábios abertos de gosto e pasmo: -É o Antero!...(...)"
O autor refere ainda que Antero é o Príncipe da Mocidade e com todo o mérito pois era quem melhor representava a geração de 70.

6.-Publicou "Beatrice" em 1862 ou 1863
-Era conhecida a sua obra "Odes Modernas" ainda manuscrita.
-Considerado o Príncipe da Mocidade.
-Considera o melhor a resumir todos os defeitos e qualidades da sua geração.

Afonso Claudino 11ºB

Anónimo disse...

pág.292

4-O autor confessa estar admirado por Antero quando este o houve a improvisar em Coimbra, naquela noite macia de Abril, nas escadarias da Sé Nova: " Parei, seduzido com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso (...)". Assim o autor exprime o que ao ouvir Antero a improvisar.

6-.Beatrice foi publicado em 1862/1863;
.Conhecido em Coimbra como "Príncipe da Mocidade";
.Resumia os defeitos e qualidades daquela geração como ninguém.

André Francisco turma 11ºB

Anónimo disse...

Resolução dos exercícios da pagina 192 do manual:
4-
O autor fica deslumbrado com as palavras, “Parei, seduzido com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso(...) mas um Bardo, um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades." , "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada(...)" e "(...) quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar num enlevo, como um discípulo.".
6-
o Conhecido por Príncipe da Mocidade
o Já tinha publicado a Beatrice
o Nasceu a 18 de abril de 1842 e morreu a 11 de setembro de 1891
o A sua prosa era considerada lindíssima e influenciou Eça de Queiroz
Inês Pereira 11A

Anónimo disse...

Página 292, exercícios 4 e 6:

4. O autor confessa a sua admiração por Antero de Quental ao longo de todo o texto, utilizando várias expressões que o comprovam, por exemplo, na linha 11- "Parei, seduzido, com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso" ou na linha 16- "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada". Ainda na linha 20, o autor volta a demonstrar o seu apreço por Antero- "me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo. E para sempre assim me conservei na vida". Nos exemplos referidos o uso das expressões: "seduzido", "deslumbrado", "num enlevo", "como um discípulo" reforçam a ideia de que Antero é alguém que o autor considera muito e que assim admirou o resto da sua vida- "E para sempre assim me conservei na vida".

6. O que podemos saber acerca da vida de Antero de Quental apartir do texto:
• Em 1862 ou em 1863 já publicara "Beatrice";
• Nessa altura, já todos conheciam as suas "Odes Modernas", ainda manuscritas;
• Era conhecido em Coimbra e nos domínios da inteligência como o Príncipe da Mocidade;
• Era o melhor a resumir os defeitos e as qualidades daquela geração;
• Era rebelde a todo ensino tradicional;
• Era revolucionário- "entrava no mundo do pensamento com audácia, inventividade,(...) impaciência de todo o método, e uma energia arquejante".

Catarina Martins, 11°A

Anónimo disse...

Página 292, do manual
Exercício 4
Eça de Queirós avista um repentista nas escadarias da Sé Nova, e que o faz parar, devido a a ter captado a sua atenção, e viu que os homens à sua volta também estavam com toda a atenção a ouvi-lo — “E, sentados nos degraus da igreja, outros homens(...) escutavam, em silêncio e enlevo, como discípulos.” l.8-10 — o que demonstra desde já que o autor se apercebia de que as suas palavras tinham impacto e com as quais Eça rapidamente ficou deslumbrado assim como a figura que Antero transmitia — “um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades.” l.12-13.
Até Eça se deu por ele a sentar a escutá-lo “como um discípulo” l.21. Todas estas passagens demonstram o quanto Antero deixou fascínio em Eça, assim como este elogia as suas publicações e manuscritas — “(...) ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração(...)” l.25-26.
Exercício 6
- “Beatrice” foi publicada a 1862 ou 1863 por Antero.
- Ainda manuscritas, “Odes Modernas” já eram conhecidas.
- Em Coimbra e nós domínios da inteligência era conhecido como Príncipe da Mocidade.
- Tinha capacidade de resumir qualidades (ex “fumegante imaginação“l.27) e defeitos (“rebelde”l.26) daquela geração como ninguém.
- Antero era um revolucionário, e era contra o ensino tradicional.
Maria Oliveira 11A

Anónimo disse...

Manual, página 292
4. Eça de Queirós demonstrou a sua admiração por Antero, “Parei, seduzido com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso(...) mas um Bardo, um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades." , "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada(...)" e assim ficou cativado às palavras de Antero.
6.
Antero publicou “Beatrice” em 1862 ou 1863;
Era conhecido em Coimbra por “Príncipe da Mocidade” devido à sua inteligência;
Descrevia as qualidades e defeitos daquela altura como ninguém.

Inês Vitor 11ºC

Anónimo disse...

Resposta às questões 4 e 6 do manual, pág. 292
4. Eça de Queirós confessa a admiração pela figura que descreve logo ao avistar Antero de Quental sobre as escadarias da Sé Nova ao parar seduzido, com a impressão de que este não era poeta popular qualquer mas sim um poeta dos tempos novos que desperta as almas e anuncia as verdades (“(…) Parei, seduzido, com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso, como os vates do antiquíssi­mo século XVIII — mas um bardo, um bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades.”). Também num grande deslumbramento o autor sentou-se num dos degraus da escadaria admirando o improviso de Quental (“(…) também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo. E para sempre assim me conservei na vida.”).
E por fim e tão certo afirma também em modo de admiração não só a inteligência de Antero como também as qualidades e defeitos da sua geração, um menino rebelde de grande penetração no mundo do pensamento com audácia, inventividade, imaginação fé, impaciência e energia.


6.
- Viveu e estudou em Coimbra;
- Antero antes do encontro com Eça de Queirós já tinha publicado “Beatrice” e manuscrito “Odes Modernas” com o qual ficou conhecido como o “Príncipe da Mocidade”;
- É com Antero que Portugal começa a acertar os primeiros passos com os países mais cultos da Europa como França e Alemanha, ou qual trouxe coisas novas, ideias, sistemas, estéticas, formas, sentimentos e interesses humanitários;

Mariana Ferreira 11ºA

Anónimo disse...

Manual, página 292
4. O autor transmite em vários momentos a sua admiração por Antero sendo isso evidente nas seguintes frases: “Parei, seduzido (...) mas um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades” ; “Deslumbrado (...)” ; “(...) porque ninguém resumia com mais brilho os defeitos e qualidades daquela geração rebelde a todo o ensino tradicional, e penetrava no mundo do pensamento com audácia, inventividade, fumegante imaginação, amorosa fé, impaciência de todo o método, e uma energia arquejante que a cada encruzilhada cansava.”

6.
- “braço inspirado” : mergulhava nas almas como para as resolver
- O homem com efeito cantava o Céu, o Infinito, os mundos que rolam carregados e humanidades, a luz suprema habitada pela ideia pura”
- Em 1862/1863 publicara “Beatrice” e “Odes Modernas”
- Era, em Coimbra, conhecido por “Príncipe da Mocidade”
Carolina Sousa 11A

Anónimo disse...

Página 292 do manual

4.
Eça depara-se com um homem nas escadarias de Sé Nova, que se encontrava a improvisar. O autor pára e fica a escutar, não resistindo e ficando "seduzido" com o impressionante improviso.
Eça vê que o homem ali sentado não é um "repentista picaresco", mas sim "um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades".
Um grande momento em que melhor admiraram Antero de Quental foi quando Definiram-lhe como "O Príncipe da Mocidade. E com razão- porque ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração".


6.
- Em meados de 1862/1863, Antero publicou "Beatrice" e "Odes Modernas".
-Antero "cantava o Céu, o Infinito, os mundos que rolam carregados de humanidades, a luz suprema habitada pela ideia pura".
- Antero de Quental era chamado como o Príncipe da Mocidade, pois conseguia descrever como ninguém, da forma mais perfeita, os defeitos e as qualidades daquela geração rebelde, impaciente,amorosa e audaz.
- foi também assim um homem muito revolucionário

CATARINA TORDO 11°C N°7

Anónimo disse...

Página 292 do manual, exercícios 4 e 6:
4.
Eça de Queirós demonstra-se admirado ao ver Antero, na qual se sentiu "seduzido", e logo de seguida senta-se num degrau, quase aos pés de Antero que estava a improvisar, escutando, num relevo, "como um discípulo".

6.
-Publicou "Beatrice" em 1862/63
-Era reconhecido em Coimbra como o "Príncipe da Mocidade"
-Era único e o melhor a resumir os defeitos e virtudes da geração na qual se encontrava


Tiago Raposo, 11ºC

Noémia Santos disse...

Obrigada, Afonso.
Reforça um pouco a 6.Tens mais informação para incluir.
Na última linha é "considerado", certo?

Noémia Santos disse...

Tens no caderno?
Podes especificar a última frase - modernização de quê?
É muito importante perceber isso, Rafael
Podes melhorar só no caderno.

Noémia Santos disse...

Assim já vale, Diogo.

Em relação ao ponto 6, tenta explicar as metáforas dos 2 primeiros tópicos- o que querem dizer?

Podes fazer no caderno, que isto depois é preciso.

Avança para a tarefa seguinte.

Fica bem!

Noémia Santos disse...

Obrigada, Raquel.
Em relação à 5., a admiração de Eça não era só pela escrita de Antero (também era), mas igualmente pelos dotes oratórios, o brilho do seu pensamento, a rebeldia, a cultura.

Noémia Santos disse...

Obrigada, André.
Atenção, na 2a linha é "ouve"de ouvir.

Mas, é muito pouco não é suficiente. Assim, não percebo se percebeste. Relê com atenção e melhora no caderno. Lembra como é estranho, o Eça, tão orgulhoso e cheio de si, todo encantado.
Expkuca o porquê porvtuas palavras.

Noémia Santos disse...

Explica o porquê por tuas palavras...

Noémia Santos disse...

Obrigada, Inês.
Na 4., com a ajuda do dicionário, tens de explicar, trocar por miúdos certas palavras, por ex., se eu te perguntar o que é:
- "um repentista picaresco e mavioso"?
- "um Bardo dos tempis novos"?

Percebes, é importante perceber mesmo o valor das palavras.

Podes melhorar no caderno.

Fica bem!

Noémia Santos disse...

Não é "tempis" mas "tempos", claro!!!!

Noémia Santos disse...

Catarina,está bem.
Vê só vocabulário mais complexo e clarifica sentido, como eu disse à Inês. Pode ser no caderno.

Até breve!

Noémia Santos disse...

Está bem, Maria.
Vê se és capaz de trocar por miúdos, com o dicionário, as linhas 12-13, que é o principal do que Antero jovem estudante de Coimbra representava.
Faz no caderno.

Fica bem!

Noémia Santos disse...

Obrigada, Inês.
Tens de melhorar a 4. Pode ser no caderno: tens muitas citações mas não explicas o que querem dizer. Com a ajuda do dicionário.
Se tiveres dúvidas, pergunta-me.

Bom trabalho!

Noémia Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Noémia Santos disse...

Está bem, Mariana.
Na 4, vê o significado das expressões com palavras difíceis e/ou com sentido figurado.

Bom trabalho!

Noémia Santos disse...

Carolina, na 4. há muitas citações e nada de explicações. São bons exemplos, mas há que explicá-los. Se não o fizeres, como sei que prcebeste... Vê o que recomendei à Inês.
Melhora no caderno.

Podes fazer melhor!

Fica bem.

Noémia Santos disse...

Obrigada, Catarina.

Na 4., no teu caderno, troca por miúdos o vocabulário mais complexo, com o dicionário. Para interiorizares o mais importante.

Bom trabalho!

Noémia Santos disse...

Obrigada, Tiago.
Tens de refazer a 4, porque:
- erro de coesão- "na qual" quê ????
- escutando num "relevo"?? Será "num enlevo"?
- isto é quase nada, face à riqueza do texto: o que encantou Eça na personalidade de Antero? Que frases o demonstram?

Na 5., acrescenta informação.

Tiago, tens de empenhar-te. Não serve qualquer coisa. Não mudaste de professor, só de suporte...
Podes fazer muito melhor!

Fica bem!

João G. Matias disse...

pp.292

ex.4

No texto escrito por Eça de Queirós sobre Antero de Quental é possível notar alguns momentos que este confessa a sua admiração pelo poeta. Nas seguintes passagens é possível verificar exatamente isso: "O homem com efeito cantava o céu, o Infinito, os mundos que rolam carregados de humanidades, a luz suprema habitada pela ideia pura(...)." ; "Então, (...) também me sentei num degrau, (...) num enlevo, como um discípulo." ; "Nesse tempo ele era em Coimbra, e nos domínios da inteligência , o Príncipe da Mocidade.".

ex.5

Geração de 70 ou Geração de Coimbra foi um movimento académico da segunda metade do séc. XIX liderado pelo "Príncipe da Mocidade" onde se destacam outras figuras importantes da literatura portuguesa como Eça de Queirós, Teófilo Braga, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão e outros intelectuais, inclusive em outras áreas de estudo como o direito. Este movimento que brota em Coimbra mas mais tarde se desloca para a capital veio revolucionar diversos aspetos da cultura portuguesa, da política à literatura, onde se destaca a introdução do realismo. O movimento vem já desde 1861 dando provas da sua tendencia para a rebeldiapara a rebeldia à disciplina universitária com ruidosos tumultos e revoltas que indicavam a inconformidade da juventude intelectual com os valores oficiais da sociedade da altura. No entanto o movimento ganha mais tração com a famosa "Questão Coimbra" que veio alterar a visão da literatura em Portugal quando Antero de Quental, lider do movimento, em 1865 escreve uma carta intitulada "Bom Senso e Bom Gosto" contra Antero Feliciano de Castilho face à publicação de Feliciano de um posfácio elogioso ao “Poema da Mocidade” de Pinheiro Chagas (também romântico), aproveitando a ocasião para censurar o grupo de jovens da Escola de Coimbra. Acusa-os de exibicionismo, de obscuridade, de tentarem subverter a noção de poesia e, finalmente, de falta de “bom senso e bom gosto”. A carta de resposta de Antero de Quental coloca em questão os antigos valores da literatura e cultura e é demonstrado uma grande ânsia de modernização face ao romantismo dos antigos mestres.

ex.6

-Publica "Beatrice" e "Odes Modernas" entre 1862 e 1863
-É descrito por Eça como o "Princípe da Mocidade", daí também ter provavelmente liderado o movimento "Geração de 70"
-"(...) resumia com mais brilho os defeitos e qualidades daquela geração"


Otávio Domingues -- 12°A disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Página 292, ex.4 e 6

4.
O autor aparenta admirado por Antero quando ouve: "Parei,seduzido,com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso,(...)"; e continua a ouvir: "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada(...)",“(...) também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo.”.
6.

-Em 1862 ou 1863 já tinha publicado Beatrice;
-Já era conhecido pelas “Odes Modernas”;
-Em Coimbra era conhecido por "Príncipe da Mocidade";
-Improvisava nas escadas da Sé Nova, em Coimbra;
-Resumia os defeitos e qualidades daquela geração;
-Vivia numa cidade em fase de mudança;

Rodrigo Reis 11ºB


Anónimo disse...

4.
Ao longo do texto o autor (Eça de Queirós) vai mostrando toda a sua admiração por Antero de Quental sendo esses momentos por exemplo:"Parei, seduzido com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso(...) mas um Bardo, um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades." , "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada(...)" e "(...) quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar num enlevo, como um discípulo." assim o autor vai demonstrando toda a sua admiração por Antero, aquele homem que ele classificava como o homem que sabia resumir de forma eximia "os defeitos e as qualidades daquela geração, rebelde a todo o ensino tradicional, e que penetrava no mundo do pensamento com audácia, inventividade, fumegante imaginação, amorosa fé, impaciência de todo o método, e uma energia arquejante que a cada encruzilhada cansava.".

6.
Antero publicou "Beatrice" em 1862 ou 1863;
Apesar de ainda escrito em manuscrito, a sua obra "Odes Modernas" já era bastante conhecida;
Era conhecido em Coimbra e nos domínios da inteligência como "Príncepe da mocidade";
Mostrava-se rebelde a todo o ensino tradicional;
Era o melhor a resumir os defeitos e qualidades daquela geração.

Mário Ribeiro 11ºB

Otávio Domingues -- 12°A disse...

Página 292 do manual, exercícios 4 e 6.

4.
R:. O autor acaba por confessar sua admiração pela figura de Antero em diversos momentos, são eles:"Parei, seduzido,[...]"(linha:15), "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada, que murmurou por entre os lábios abertos de gosto e pasmo:[..]"(linha 25) e por fim "Então, perante este céu onde os escravos eram mais gloriosamente acolhidos que os doutores, destracei a capa, também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo. E para sempre assim me conservei na vida."(linha 31-33). Este último trecho , da linha 31 a 33, é o de maior importãncia entre todos os outros. Nele, apresenta-se uma postura de admiração, quando Eça se compara a um discípulo que o escuta sem hesitar.

6.
-Publicou "Beatrice" entre 1862 e 1863 e também escreveu "Odes Modernas", a qual era conhecida mesmo estando ainda em manuscrito;
-Estudou na universidade de Coimbra, onde que por meio de sua inteligência e características peculiares, levaram-no a ser conhecido como: "Príncipe da Mocidade";
-Foi um homem revolucionário, mesmo em meio a uma cidade que passava por mudanças;
-Possuía ideias que simpatizavam com a dos jovens.

Anónimo disse...

Página 292

4. Neste texto Eça de Queiroz conta como conheceu Antero de quental. Eça diz que ao ouvir Antero improvisando notou que tinha algo especial: “com a impressão que não era ele aquele um repentista picaresco ou amavioso (…) Mas um Bardo, Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades”. Este excerto mostra o motivo de Eça ficar tão admirado com Antero e por isso descrevê-lo com tanto respeito e admiração.

6.
- Em1862 ou 1863, Antero já havia publicado a Beatrice.
- Mesmo ainda em manuscritos, todos já conheciam as Odes Modernas.
- Era em Coimbra o Príncipe da Mocidade.
- Antero viveu em uma época de muitas mudanças (caminhos de ferro).

Carlos Ribeiro, 11ºC

Anónimo disse...

Pág. 292

4)
Eça de Queirós confessa a sua admiração por Antero de Quental, quando o avista em Coimbra a improvisar: "Parei, seduzido (...) o homem com efeito cantava o Céu, o Infinito(...)", "Deslumbrado (...) também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo.”.

6)
-Antero publicou Beatrice em 1862 ou 1863.
-Em Coimbra era conhecido por "Príncipe da Modernidade"
- Retratava as qualidades e os defeitos daquele tempo como mais ninguém.
-A sua obra Odes Modernas, apesar de ainda em manuscrito já toda a gente conhecia.

Gonçalo Frutuoso nº10 11ºC

Anónimo disse...

Exercício 4 e 6 da página 292

4. Eça de Queirós revela a admiração por Antero de Quental ao avistá-lo sobre as escadarias da Sé Nova- "Parei, seduzido", com a impressão de que este não era poeta conhecido mas sim um poeta moderno que despertava as almas-"(...) com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso, como os vates do antiquíssi­mo século XVIII — mas um bardo, um bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades.", depois Eça quando está sentado na escadaria admira os improvisos de Antero- "Deslumbrado, toquei o cotovelo de um camarada(...)","(...) também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como um discípulo."
No final Eça ainda mostra o fascínio pela geração dizendo que Antero resumia bem a geração dele,apresentando tanto os defeitos como as qualidades- "(...) porque ninguém resumia com mais brilho os defeitos e qualidades daquela geração rebelde a todo o ensino tradicional, e penetrava no mundo do pensamento com audácia, inventividade, fumegante imaginação, amorosa fé, impaciência de todo o método, e uma energia arquejante que a cada encruzilhada cansava.".


6.
-Antero publicou "Beatrice" em 1862 ou 1863.
-Todos conheciam a sua obra "Odes Modernas".
-Estudou em Coimbra e era conhecido pela sua inteligência e como "Príncipe da Mocidade".
-Era quem mais bem resumia as qualidades e defeitos da sua geração.


Rita Gonçalves/11ºA

Anónimo disse...

Pág. 292
4. O autor revela a sua admiração per Antero de Quental ao caracteriza-lo como “repentista picaresco ou amavioso”, ou seja, como um homem que se rege pelas suas emoções, amante e cómico. Refere ainda a sua fascinação pelo Príncipe da Mocidade quando nos diz que se sentou a escutar como “um discípulo” as palavras do filantropo, tendo se mantido com esta posição para o resto da sua vida como o autor refere em “Então, perante este céu onde os escravos eram mais gloriosamente acolhidos que os doutores, destracei a capa, também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num elevo, como um discípulo. E para sempre assim me conservei na vida(…)”. Eça acrescenta ainda que ninguém traduzia melhor aquela geração audaciosa que ficou para sempre conhecida como a Geração de 70: “(…) porque ninguém resumia com mais brilho os defeitos e qualidades daquela geração, rebelde a todo o ensino tradicional, e que penetrava no mundo do pensamento com audácia, inventividade, fumegante imaginação, amorosa fé, impaciência de todo o método, e uma energia arquejante que a cada encruzilhada cansava.”

6. -Em 1863 já tinha publicado Beatrice, obra que lhe rendeu reconhecimento entre os intelectuais da época;
-Era conhecido como Príncipe da Mocidade pois era a representação perfeita daquela geração;
-Costumava refletir e improvisar junto à Sé na presença de outros intelectuais.


Pedro Duarte, 11B

Anónimo disse...

Pág.292
4)Eça tem vários momentos em que descreve a sua admiração por Antero.
No terceiro parágrafo, ainda sem saber que era Antero, fica admirado com a sua figura. Afirma que aquele homem "cantava o Céu, o Infinito", o que dá uma ideia de grande admiração pela poesia de Antero.
Mais tarde, finalmente decide juntar-se a Antero e simplesmente ficar a ouvir a sua poesia. Afirma que "assim me conservei na vida", que ouvir a poesia de Antero de facto lhe tinha feito muito bem.
Por fim, quando finalmente fala de Antero como escritor já famoso, refere explicitamente que ninguém resumia com mais brilho aquela geração, tanto em defeitos como em qualidades. Antero era rebelde ao ensino tradicional, mas que tinha uma grande criatividade e inteligência, queria inovar! Eça também exprime admiração ao descrever positivamente com vários adjetivos a sua imaginação na escrita.

6)Antero já tinha publicado "Beatrice" antes de 1863
Toda a gente conhecia a obra de Antero, "Odes Modernas"
Na altura, Antero era o Principe da Mocidade
Antero tinha uma grande imaginação na escrita e facilmente cativava quem a lia
Na altura, Coimbra vivia num "grande tumulto mental"

Guilherme Fróis, 11ºB

Anónimo disse...

Página 292

4-Eça de Queirós exprime a sua admiração pela figura que descreve quando avista Antero de Quental sobre as escadarias da Sé Nova e para, seduzido, com uma impressão de que este não era um poeta comum mas sim um poeta da mais recente geração que desperta almas e anuncia verdades, ("Parei, seduzido, com a impressão que não era aquele um repentista picaresco ou amavioso, como os Gates do antiquíssimo século XVIII- mas um Bardo, um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades" (texto3;página 291 ml.11-13)). Para além disso, Eça fica deslumbrado e senta-se num degrau para admirar e ouvir o improviso de Antero, ("... também me sentei num degrau, quase aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num elevo, como um discípulo."(página 292;lo.20-21)). O autor acaba, a dizer que este era o único que resumia com brilho os defeitos e qualidades daquela geração, ("... ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração,..."(página 292; ll. 25-26)).

6-
-Viveu e estudou em Coimbra;
-Conhecido por Príncipe da Mocidade;
-Me 1862 ou 1863 públicou "Beatrice"
-Era o melhor a resumir os defeitos e as qualidades daquela geração.

Anónimo disse...

Teresa Lourenço, 11A

Anónimo disse...

4- Relativamente à figura que o autor descreve, este revela a sua admiração ao afirmar que parou “seduzido” para ouvir as palavras de “(…) um Bardo dos tempos novos (…)” acabando por ficar “deslumbrado”
Eça de Queirós confessa que admira a escrita de Antero: “(…) ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração (…) e que penetrava no mundo do pensamento com audácia, inventividade, fumegante imaginação (…)”.
6- Em 1862 ou 1863, Antero já publicara Beatrice.
As Odes Modernas já eram muito conhecidas.
Estudou na universidade de Coimbra onde era conhecido por “o Príncipe da Mocidade”.
Diogo Catarino 11ºC

Anónimo disse...

Pág.292

4)Eça de Queirós demonstra a sua admiração por Antero de Cabral, quando este o vê a improvisar em Coimbra "Parei, seduzindo", fica pois também "Deslumbrado(...)me sentei num degrau(...)aos pés de Antero que improvisava, a escutar, num enlevo, como discípulo.". Eça confessa que admira o trabalho de Antero pela sua "(...)audácia, inventividade, fumegante imaginação,amorosa fé(...)"devido ao facto que "(...) ninguém resumia com mais brilho os defeitos e as qualidades daquela geração(...)"

6)->Publicou Beatrice em 1862/1863.
->Escreveu Odes Modernas que gerou sucesso.
->Era conhecido por "o Príncipe da Mocidade" durante os seus estudos na Universidade de Coimbra.
->Descrevia as qualidades e os defeitos presentes na sua geração.

Martim Miranda 11ºC Nº20

Anónimo disse...

4- Eça revela admiração por Antero quando afirma que este o seduz pela sua maneira de improvisar poesia "O homem com efeito cantava o Céu", sente-se completamente "deslumbrado", encantado e assume-se "como um discípulo". Mantendo-se assim toda a sua vida.

6- Vida: - Homem cativante e inspirador;
- Crítico do sistema de ensino da época;
- Conhecedor da sua geração, conhecido como "o Príncipe da Mocidade".

Obra: - Autor de , publicada em 1862/1863;
- Autor de , que circulava em manuscrito.

Pedro Pinto 11ºB

Anónimo disse...

Obra: - Autor de "Beatrice", publicada em 1862/1863;
- Autor de "Odes Modernas", que circulava em manuscrito.

(correção)

Pedro Pinto 11ºB