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Escolha e interpretação do colega António, do 11º C.
SONHO ORIENTALSonho-me às vezes rei, n'alguma ilha, Muito longe, nos mares do Oriente, Onde a noite é balsâmica1 e fulgente2 E a lua cheia sobre as águas brilha... O aroma da magnólia e da baunilha Paira no ar diáfano e dormente... Lambe a orla dos bosques, vagamente, O mar com finas ondas de escumilha3... E enquanto eu na varanda de marfim Me encosto, absorto n'um cismar sem fim, Tu, meu amor, divagas ao luar, Do profundo jardim pelas clareiras, Ou descansas debaixo das palmeiras, Tendo aos pés um leão familiar. Antero de Quental, Sonetos
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Escolha e interpretação do colega António, do 11º C.
SONHO ORIENTAL
Sonho-me às vezes rei, n'alguma ilha,
Muito longe, nos mares do Oriente,
Onde a noite é balsâmica1 e fulgente2
E a lua cheia sobre as águas brilha...
O aroma da magnólia e da baunilha
Paira no ar diáfano e dormente...
Lambe a orla dos bosques, vagamente,
O mar com finas ondas de escumilha3...
E enquanto eu na varanda de marfim
Me encosto, absorto n'um cismar sem fim,
Tu, meu amor, divagas ao luar,
Do profundo jardim pelas clareiras,
Ou descansas debaixo das palmeiras,
Tendo aos pés um leão familiar.
Antero de Quental, Sonetos
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