terça-feira, 7 de abril de 2020

Eça de Queirós, "Os Maias" - Carlos e Gonçalo

Registar ideias-chave, justificando com as frases que melhor caracterizam Carlos e o país:
·         “admirar Carlos e a sua «imutabilidade».” Aqui podemos observar que Carlos é uma personagem que não mudou, tal como o país não mudara. 
·         “Lisboa arrasa. Olha para mim, olha para isto! Com o dedo magro apontava os dois vincos fundos ao lado do nariz, na face chupada” - caracterização da capital.
 
·         “em que consistia a diplomacia portuguesa? Numa outra forma da ociosidade, passada no estrangeiro, com o sentimento constante da própria insignificância.” – crítica à diplomacia, tão ociosa como a política.
·         “esta nossa vidinha de Lisboa, simples, pacata, corredia, é infinitamente preferível.”
·        “Carlos pasmava. Que faziam, ali, ás horas de trabalho, aqueles moços tristes, de calça esguia? Não havia mulheres.” – Lisboa estava como 10 anos antes; é irónico que Carlos se espante.
·        “Portugal decidira arranjar-se à moderna: mas sem originalidade, sem força, sem carácter para criar um feitio seu, um feitio próprio, manda vir modelos do estrangeiro - modelos de ideias, de calças, de costumes, de leis, de arte, de cozinha... Somente, como lhe falta o sentimento da proporção, e ao mesmo tempo o domina a impaciência de parecer muito moderno e muito civilizado - exagera o modelo, deforma-o, estraga-o até à caricatura” – crítica a Portugal.
·       “Neste quarto, durante noites, sofri a certeza de que tudo no mundo acabara para mim... Pensei em me matar. Pensei em ir para a Trapa. E tudo isto friamente, com uma conclusão lógica. Por fim dez anos passaram, e aqui estou outra vez...”

Resumo:
·       Carlos regressa a Lisboa, após uma ausência de dez anos e passeia com Ega pela capital, onde ambos comentam a estagnação, a indolência, a decadência e a ociosidade que o pais está;
·         Carlos e Ega visitam o Ramalhete;
·         Carlos e Ega concluem que são uns falhados;
·         Carlos diz que a sua teoria de vida é o fatalismo muçulmano;
·         Ega comenta que se estivesse uma fortuna à sua frente ele não apressava o seu passo, mas depois Ega e Carlos correm os dois para apanhar o “Americano”.
·         Carlos e Gonçalo têm a mesma ideia sobre a capital, Lisboa;
·         A forma como Carlos vê Lisboa também serve para caracterizar o olhar de Gonçalo;
·         Carlos e Gonçalo são pessoas que criticam, mas não tomam nenhumas medidas para melhorar o que está de errado – Carlos por inação; Gonçalo por abandono, por ir procurar vida e ação em África, o que já expressa uma recusa.

Autora: Inês V., 11º C
Imagem da série Os Maias, da TV-Globo

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