OS MAIAS (excertos do cap. XVIII e outras referências). A ILUSTRE CASA DE RAMIRES 1.registar
ideias-chave, justificando com as frases que melhor caracterizam Carlos e o
país;2.registar uma breve síntese interpretativa;3.comparar com Gonçalo.
Ideias-chave sobre Carlos e o país e
breve síntese interpretativa
No capítulo XVIII de Os Maias Carlos
da Maia regressa a Portugal, depois de ter andado a viajar pelo mundo fora e
fazer a sua vida em Paris, onde se encontra com Alencar e Ega, seus amigos de
longa data. Com Ega, Carlos passeia por Lisboa e ainda passa pelo Ramalhete
conversando sobre o que acontecera de relevante enquanto esteve fora, em
relação a amigos e conhecidos, sobre política, sobre as inquietações de ambos e
sobre Portugal e as gentes.
Torna-se a certo ponto irónico a forma como eles
julgam as pessoas com quem se cruzam. Veja-se: “Pela sombra passeavam rapazes,
aos pares, devagar, com flores na lapela, a calça apurada, luvas claras
fortemente pespontadas de negro. Era toda uma geração nova e miúda que Carlos
não conhecia. (...) Carlos pasmava. Que faziam, ali, ás horas de trabalho,
aqueles moços tristes, de calça esguia? “. Note-se como a crítica que Carlos
faz aos jovens é a mesma que podia ser aplicada a ele e ao Ega há uns anos atrás
quando ambos se deixavam desvanecer pelos jantares e as soirées, se envolviam
em tramas amorosos, como Ega com Raquel e Carlos com a Gouvarinho, sem
cumprirem nenhum dos seus grandes projetos como As Memórias de Um Átomo, o
livro que Ega estava a planear escrever que “devia ser uma epopeia em prosa,
dando, sob episódios simbólicos, a história das grandes fases do Universo e da
Humanidade “, ou o livro que Carlos tencionava escrever que se devia chamar
Medicina Antiga e Moderna e o seu projeto de ajudar doentes no seu consultório.
E mais à frente Carlos acaba por se contradizer quando concorda com a
“inutilidade de todo o esforço” que Ega lhe explica.
Atente-se: “Havia seis
meses que o Ega chegara de Celorico,embrulhado na sua grande peliça, preparado
a deslumbrar Lisboa com as Memórias de Um Átomo, a dominá-la com a influência
de uma revista, a ser uma luz, uma força, mil outras coisas... E agora, cheio
de dívidas e cheio de ridículo, lá voltava para Celorico, escorraçado. Péssima
estreia! Ele, por seu lado, desembarcara em Lisboa, com ideias colossais de
trabalho, armado como um lutador: era o consultório, o laboratório, um livro
iniciador, mil coisas fortes... E que tinha feito? Dois artigos de jornal, uma
dúzia de receitas, e esse melancólico capítulo da Medicina entre os Gregos.
Péssima estreia!” (excerto do capítulo IX, Os Maias).
Os dois amigos também têm
coisas bastante interessantes a dizer sobre Portugal, dizendo que neste país
falta originalidade, força, caráter, que tudo se importa do estrangeiro. Também
se torna irónico porque eles, ricos e instruídos seriam os que teriam mais
meios para remediar estes males, no entanto, encontram-se às horas de trabalho
a passear pelas ruas, e a julgar aquilo que os outros fazem. Atente-se nas
observações de ambos: “Tendo abandonado o seu feitio antigo, à D. João VI, que
tão bem lhe ficava, este desgraçado Portugal decidira arranjar-se à moderna:
mas sem originalidade, sem força, sem carácter para criar um feitio seu, um
feitio próprio, manda vir modelos do estrangeiro (...).”; “ É dum reles, dum
postiço! Sobretudo postiço! Já não há nada genuíno neste miserável país, nem
mesmo o pão que comemos! ”Veja-se por fim mais uma observação feita pelo Ega no
capítulo IV: “Enfim — exclamou o Ega — se não aparecerem mulheres, importam-se,
que é em Portugal para tudo recurso natural. Aqui importa-se tudo. Leis,
ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústrias,
modas, maneiras, pilhérias, tudo nos vem em caixotes pelo paquete. A
civilização custa-nos caríssima, com os direitos da Alfândega: e é em segunda
mão, não foi feita para nós, fica-nos curta nas mangas...”.
Gonçalo Mendes Ramires e Carlos da
Maia
Carlos é um homem de uma casa nobre,
cheio de educação, conhecimento devido a ter sido criado à maneira do seu avô,
Afonso da Maia, que insistia em educá-lo de uma forma prática e desenvolver
nele capacidades úteis. Atente-se: “A instrução para uma criança não é recitar Tityre,
tu patulae recubans... É saber factos, noções, coisas úteis, coisas
práticas...” (excerto do capítulo III).
Apesar de tudo isto, Carlos acaba por não fazer nada de relevante durante a sua vida, deixa projetos por cumprir, e, talvez o pior de tudo, envolve-se com a sua irmã e, mesmo que de inicio não saiba que se encontra numa relação incestuosa, quando descobre não tem coragem de não ceder ao seu desejo e deita-se com a irmã, sem sequer lhe dizer o que acabara de descobrir. Veja-se: “Decerto era terrível tornar a vê-la naquela sala, quente ainda do seu amor, agora que a sabia sua irmã... (...) Mas porque não? Ambos tinham em si bastante força para enterrar o coração sob a razão, como sob uma fria e dura pedra, tão completamente que não lhe sentissem mais nem a revolta nem o choro. (...). Toda essa tarde, através do seu próprio tormento, procurara ansiosamente um meio de adoçar e graduar àquela pobre criatura o horror da revelação que lhe devia. (...) E esse meio justamente só era praticável indo ele, com toda a frieza, com todo o ânimo, à Rua de S. Francisco.”; porém Carlos não resiste e..: “Um suspiro, um pequenino suspiro de criança, fugiu dos lábios de Maria, morreu na sombra. Carlos sentiu a quentura de desejo que vinha dela, que o entontecia, terrível como o bafo ardente de um abismo, escancarado na terra a seus pés. Ainda balbuciou: «Não, não...» Mas ela estendeu os braços, envolveu-lhe o pescoço, puxando-o para si, num murmúrio que era como a continuação do suspiro, e em que o nome de querido sussurrava e tremia. Sem resistência, como um corpo morto que um sopro impele, ele caiu-lhe sobre seio. Os seus lábios secos acharam-se colados, num beijo aberto que os humedecia. (...)” (excertos do capítulo XVII, Os Maias).
Gonçalo Mendes Ramires compara-se de certo modo a Carlos da Maia em que ambos têm grandes ambições e projetos para a vida, mas falta-lhes a garra para os concretizar por causa da “desconfiança terrível de si mesmos”, apesar de serem fidalgos ricos (Gonçalo não era propriamente muito rico, mas também não lhe faltavam meios para nada), solarengos e terem uma boa educação.
Apesar de tudo isto, Carlos acaba por não fazer nada de relevante durante a sua vida, deixa projetos por cumprir, e, talvez o pior de tudo, envolve-se com a sua irmã e, mesmo que de inicio não saiba que se encontra numa relação incestuosa, quando descobre não tem coragem de não ceder ao seu desejo e deita-se com a irmã, sem sequer lhe dizer o que acabara de descobrir. Veja-se: “Decerto era terrível tornar a vê-la naquela sala, quente ainda do seu amor, agora que a sabia sua irmã... (...) Mas porque não? Ambos tinham em si bastante força para enterrar o coração sob a razão, como sob uma fria e dura pedra, tão completamente que não lhe sentissem mais nem a revolta nem o choro. (...). Toda essa tarde, através do seu próprio tormento, procurara ansiosamente um meio de adoçar e graduar àquela pobre criatura o horror da revelação que lhe devia. (...) E esse meio justamente só era praticável indo ele, com toda a frieza, com todo o ânimo, à Rua de S. Francisco.”; porém Carlos não resiste e..: “Um suspiro, um pequenino suspiro de criança, fugiu dos lábios de Maria, morreu na sombra. Carlos sentiu a quentura de desejo que vinha dela, que o entontecia, terrível como o bafo ardente de um abismo, escancarado na terra a seus pés. Ainda balbuciou: «Não, não...» Mas ela estendeu os braços, envolveu-lhe o pescoço, puxando-o para si, num murmúrio que era como a continuação do suspiro, e em que o nome de querido sussurrava e tremia. Sem resistência, como um corpo morto que um sopro impele, ele caiu-lhe sobre seio. Os seus lábios secos acharam-se colados, num beijo aberto que os humedecia. (...)” (excertos do capítulo XVII, Os Maias).
Gonçalo Mendes Ramires compara-se de certo modo a Carlos da Maia em que ambos têm grandes ambições e projetos para a vida, mas falta-lhes a garra para os concretizar por causa da “desconfiança terrível de si mesmos”, apesar de serem fidalgos ricos (Gonçalo não era propriamente muito rico, mas também não lhe faltavam meios para nada), solarengos e terem uma boa educação.
Gonçalo, tal como Carlos ambiciona abrir
um consultório e tratar doentes escrevendo ao mesmo tempo o seu livro sobre
medicina, quer entrar na política e, por isso, embarca no desafio de escrevera
novela histórica sobre os seus antepassados, A Torre de D. Ramires, de forma a
ganhar popularidade. Veja-se: “(...) vida em Lisboa só a desejava com uma
posição política — cadeira em São Bento, influência intelectual no seu Partido,
lentas e seguras avançadas para o Poder. (...) Apareceria pois nos Anais com a
sua Torre, revelando imaginação e um saber rico. (...) — E no meio do quarto,
em ceroulas, com as mãos nas ilhargas, Gonçalo Mendes Ramires concluiu pela
necessidade de apressar a sua Novela.” (excerto do capítulo II, A Ilustre Casa
de Ramires).
Carlos e Gonçalo também praticam ações deploráveis e dignas de desdém; como quando Carlos se envolve com a mulher do Gouvarinho, e finge ser amigo dele só para se poder aproximar dela, ou quando continua a envolver-se com a irmã já sabendo que os dois se encontram numa relação incestuosa; e, no caso do Gonçalo, quando este assina o negócio com Pereira e quebra a palavra que tinha dado a Casco, apenas por uma questão de dinheiro, quando, depois de ser confrontado pelo Casco, “Gonçalo tentou um refúgio na ideia de Justiça e de Lei, que aterra os homens do campo”, o que o provoca e leva-o a ameaçar Gonçalo, que foge, e posteriormente faz com que Casco vá preso. Veja-se “Pois o Fidalgo ainda me ameaça com a justiça!... Pois ainda por cima de me fazer a maroteira me ameaça com a cadeia!... Então, com os diabos! primeiro que entre na cadeia lhe hei de eu esmigalhar esses ossos!...” (excerto do capítulo V, A Ilustre Casa de Ramires). Não obstante, quando Gonçalo finda as suas inimizades com Cavaleiro, mesmo ainda lhe sentindo asco por causa do que ele fez à sua irmã, apenas por interesse, para mais facilmente poder entrar na política também é deplorável. No entanto, ao contrário de Carlos, Gonçalo acaba por alcançar os seus objetivos, termina a sua novela histórica e chega a deputado, indo para Lisboa. Veja-se: “Enfim! Deus louvado! eis findaessa eterna Torre de Ramires!” (excerto do capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires); “Deputado! Deputado por Vila-Clara, como o Sanches Lucena.” (excerto do capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires); “No meado de janeiro, por uma agreste noite de chuva, Gonçalo partiu para Lisboa (...).”(excerto do capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires). Porém, penso que o seguinte excerto do capítulo XVIII de Os Maias se aplica melhor a Gonçalo - “Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado (...). Às vezes melhor, mas sempre diferente.”.
Carlos e Gonçalo também praticam ações deploráveis e dignas de desdém; como quando Carlos se envolve com a mulher do Gouvarinho, e finge ser amigo dele só para se poder aproximar dela, ou quando continua a envolver-se com a irmã já sabendo que os dois se encontram numa relação incestuosa; e, no caso do Gonçalo, quando este assina o negócio com Pereira e quebra a palavra que tinha dado a Casco, apenas por uma questão de dinheiro, quando, depois de ser confrontado pelo Casco, “Gonçalo tentou um refúgio na ideia de Justiça e de Lei, que aterra os homens do campo”, o que o provoca e leva-o a ameaçar Gonçalo, que foge, e posteriormente faz com que Casco vá preso. Veja-se “Pois o Fidalgo ainda me ameaça com a justiça!... Pois ainda por cima de me fazer a maroteira me ameaça com a cadeia!... Então, com os diabos! primeiro que entre na cadeia lhe hei de eu esmigalhar esses ossos!...” (excerto do capítulo V, A Ilustre Casa de Ramires). Não obstante, quando Gonçalo finda as suas inimizades com Cavaleiro, mesmo ainda lhe sentindo asco por causa do que ele fez à sua irmã, apenas por interesse, para mais facilmente poder entrar na política também é deplorável. No entanto, ao contrário de Carlos, Gonçalo acaba por alcançar os seus objetivos, termina a sua novela histórica e chega a deputado, indo para Lisboa. Veja-se: “Enfim! Deus louvado! eis findaessa eterna Torre de Ramires!” (excerto do capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires); “Deputado! Deputado por Vila-Clara, como o Sanches Lucena.” (excerto do capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires); “No meado de janeiro, por uma agreste noite de chuva, Gonçalo partiu para Lisboa (...).”(excerto do capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires). Porém, penso que o seguinte excerto do capítulo XVIII de Os Maias se aplica melhor a Gonçalo - “Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado (...). Às vezes melhor, mas sempre diferente.”.
A chegada a deputado sabe a pouco para Gonçalo e a sua estadia em
Lisboa também, tanto que pouco tempo depois anuncia a sua ida para África,
talvez por saber que tinha feito esta conquista às custas de ter de fingir
gostar do Cavaleiro e que as podia ter feito sem a sua ajuda. Veja-se: “(...)
Por todas essas aldeias, estendidas à sombra longa da Torre, o Fidalgo da Torre
era pois popular! E esta certeza não o penetrava de alegria, nem de orgulho —
antes o enchia agora, naquela serenidade da noite, de confusão, de
arrependimento! (...) Sempre se julgara cercado da indiferença daquelas aldeias
(...). Por isso se agarrara tão avidamente à mão do Cavaleiro (...) E na
impaciência desse favor abafara a memória de amargos agravos; (...) e envolvera
o ser que mais amava, a sua pobre e fraca irmãzinha, em confusão e miséria
moral... (...) — e para quê? Para surripiar um punhado de votos que dez
freguesias lhe trariam correndo, gratuitamente, efusivamente, entre vivas e
foguetes, se ele acenasse e lhos pedisse... Ah! eis aí... Fora a desconfiança,
essa encolhida desconfiança de si mesmo — que desde o colégio, através da vida,
lhe estragara a vida.(...) Por fim, um dia, numa volta de estrada, avança,
ergue o chicote — e descobre a sua força! E agora, penetra por entre o povo,
agarrado timidamente à mão poderosa, por se imaginar impopular — e descobre a
sua popularidade imensa. Que vida enganada, e tanto a sujara — por não saber!” (excerto do
capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires); “Deputado! Deputado por Vila-Clara
(...). E perante esse resultado, tão miúdo, tão trivial — todo o seu esforço
tão desesperado, tão sem escrúpulos, lhe parecia ainda menos imoral que
risível.” (excerto do capítulo XI, A Ilustre Casa de Ramires).
Por isso, Gonçalo sentiu a necessidade de conquistar algo que fosse só de mérito seu, e aceitou o desafio de ir para África, algo em que ele já andara a pensar à bastante tempo - “Um dia vendo casa e quinta, emigro para Moçambique, para o Transval, para onde não haja maçadas...”(excerto do capítulo V, A Ilustre Casa de Ramires). E, quando voltou de África, sentiu-se rejuvenescido com, uma nova confiança nas suas capacidades, já não sentindo aquela terrível desconfiança de si mesmo - “E neste manso correr de vida se desfizera mansamente, quase insensivelmente, a sombria tormenta do seu coração.” (excerto do capítulo XII, A Ilustre Casa de Ramires).
Concluindo, Carlos e Gonçalo tem grandes ambições e projetos para a vida, mas falta-lhes agenica para os concretizar, desconfiam muito das suas próprias capacidades e deixam-se levar pela vida numa tranquilidade debilitante, apesar de serem fidalgos ricos, solarengos e terem uma boa educação, e, por isso, terem todos os meios para as concretizar.
Também acabam por cometer muitos erros e fazer ações deploráveis; no entanto, Gonçalo sempre fica melhor na balança para o leitor quando ajuda a mulher e os filhos do Casco e o tira da prisão, quando recebe os orfãos da Crispola, quando recusa o título de marquês de Treixedo que Cavaleiro lhe arranjou, e quando não permite que Ernesto vá preso, o homem que ele agrediu com o chicote por o ter insultado. Também, ao contrário de Carlos, Gonçalo aceita um novo desafio para a sua vida, contrário aos seus desígnios iniciais de ser deputado em Lisboa, e vai para África.
Autoria: Miguel M., 11º A
Imagens
1 - Série Os Maias, TV-GLOBO
2- Ator JoséFidalgo, na personagem Carlos da Maia, na peça" os Maias na Trindade"
Por isso, Gonçalo sentiu a necessidade de conquistar algo que fosse só de mérito seu, e aceitou o desafio de ir para África, algo em que ele já andara a pensar à bastante tempo - “Um dia vendo casa e quinta, emigro para Moçambique, para o Transval, para onde não haja maçadas...”(excerto do capítulo V, A Ilustre Casa de Ramires). E, quando voltou de África, sentiu-se rejuvenescido com, uma nova confiança nas suas capacidades, já não sentindo aquela terrível desconfiança de si mesmo - “E neste manso correr de vida se desfizera mansamente, quase insensivelmente, a sombria tormenta do seu coração.” (excerto do capítulo XII, A Ilustre Casa de Ramires).
Concluindo, Carlos e Gonçalo tem grandes ambições e projetos para a vida, mas falta-lhes agenica para os concretizar, desconfiam muito das suas próprias capacidades e deixam-se levar pela vida numa tranquilidade debilitante, apesar de serem fidalgos ricos, solarengos e terem uma boa educação, e, por isso, terem todos os meios para as concretizar.
Também acabam por cometer muitos erros e fazer ações deploráveis; no entanto, Gonçalo sempre fica melhor na balança para o leitor quando ajuda a mulher e os filhos do Casco e o tira da prisão, quando recebe os orfãos da Crispola, quando recusa o título de marquês de Treixedo que Cavaleiro lhe arranjou, e quando não permite que Ernesto vá preso, o homem que ele agrediu com o chicote por o ter insultado. Também, ao contrário de Carlos, Gonçalo aceita um novo desafio para a sua vida, contrário aos seus desígnios iniciais de ser deputado em Lisboa, e vai para África.
Autoria: Miguel M., 11º A
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2- Ator JoséFidalgo, na personagem Carlos da Maia, na peça" os Maias na Trindade"
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