Trabalho de Português
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No decorrer de mais algumas linhas, Carlos
mostra a sua indignação por aquela política moderna, que acaba por ser
utilizada como meio para beneficiar a si próprio, ao invés de apresentar um
beneficio que seja abrangente a todos que seguem as leis... Por conta disso gostaria
de deixar explícito estas ideias por meio de um trecho que vem de fronte a
esses pensamentos: “E como Carlos lembrava a Política, ocupação dos
inúteis,[...]. A política!
Isso tornara-se moralmente e fisicamente nojento, desde que o negócio atacara o
constitucionalismo como uma filoxera!”.
A partir
dessas ideias principais apresentadas no excerto, pode-se identificar que após
o exílio de quase dez anos de Carlos em Paris, ele decidi por voltar a visitar
o velho Portugal,entretanto, Carlos percebe que este país não havia mudado
tanto o quanto ele acreditava. Para ele, o país ainda continuava muito pacato e
frondoso, o que em minha opinião pessoal demonstra a grande honra e estrondosa
tradição portuguesa, a qual nunca vai deixar de existir, ou seja, ser português
e saber se comportar de acordo com a situção, sabendo levantar a cabeça no
momento certo ou baixa-la em sinal de respeito.
Como síntese, deixo um trecho, no qual se encontra algumas das impressões de Carlos durante o passeio com Ega: “Num claro espaço rasgado, onde Carlos deixara o Passeio Publico pacato e frondoso - um obelisco, com borrões de bronze no pedestal, erguia um traço cor de açúcar na vibração fina da luz de inverno: e os largos globos dos candeeiros que o cercavam, batidos do sol, brilhavam, transparentes e rutilantes, como grandes bolas de sabão suspensas no ar.”.
Como síntese, deixo um trecho, no qual se encontra algumas das impressões de Carlos durante o passeio com Ega: “Num claro espaço rasgado, onde Carlos deixara o Passeio Publico pacato e frondoso - um obelisco, com borrões de bronze no pedestal, erguia um traço cor de açúcar na vibração fina da luz de inverno: e os largos globos dos candeeiros que o cercavam, batidos do sol, brilhavam, transparentes e rutilantes, como grandes bolas de sabão suspensas no ar.”.
Após o passeio, os bons amigos (Carlos e Ega) voltam para a casa de
Carlos e assim continuam o seu debate sobre as novas gerações de Portugal,
debate o qual leva a uma reflexão indesejada, mas inevitável, que Portugal
estava estagnado em relação a todos os países europeus.
Esta reflexão de Carlos se relaciona com reflexão de Gonçalo, ambos se mostrando
descontentes e conceituosos em relação a essa nova geração de portugueses, a
qual por eles é considerada sem criatividade. Entretanto, Gonçalo tinha o sonho
de ir a política, enquanto Carlos sentia repugnância pela política. Mas há alguma ironia na forma como estes dois
personagens agem de maneira a que acabam por contradizer as suas ações. Um
exemplo desta ironia acontece no decorrer do excerto, é
quando: Carlos e Ega ao conversarem, dizem que não correriam por nada, mas no
entanto momentos depois, acabam por correr para apanhar o «Americano» (1)
Também, para poder consolidar a contradição irónica associada a Gonçalo, é importante relembrar que no livro “ A Ilustre Casa de
Ramires”, o qual conta a história de Gonçalo, deixa-se claro que ele quer ser um
político influente, caso contrário, iria estar desonrando a sua linhagem de
grandes Ramires. Mas no momento em que consegue seu cargo político, ele decide
sair de Portugal e vai para a África atrás de ação e aventuras, porque não se satisfaz com a inação e boa vida dos
políticos de Lisboa. Talvez tivesse pensado como Carlos da Maia: “Carlos lembrava a Política, ocupação dos inúteis,[...]. A política! Isso tornara-se moralmente e fisicamente nojento”.
Autoria - aluno: O. Martins Domingues / Ano:
11°-B
(1)
O Americano - o carro americano, ou simplesmente americano foi o
nome dado em Portugal em meados do século XIX a um meio de transporte coletivo
de passageiros, precursor dos elétricos que ainda hoje existem. Também se movia
sobre carris, mas por tração animal.
2 comentários:
O autor deste texto é brasileiro, recém-chegado, pelo que a sua escrita apresenta, naturalmente, marcas do Português não-europeu,sobretudo na colocação dos pronomes.
Parabéns pela forma como se empenhou no trabalho e pelas suas propostas interpretativas.
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